O uso "inteligente" da inteligência artificial (IA)

Precauções para o futuro

 

 

Numa altura em que tanto se fala no uso da inteligência artificial (IA) para as mais variadas tarefas, são tantas as possibilidades que ainda estamos numa fase inicial de descoberta e, mais importante ainda, numa fase de intenso debate sobre a ética e o sentido de responsabilidade acerca do seu uso.

Focando-me no seu uso para a investigação cientifica, no ponto de vista da sua utilização como um auxiliar, como um ajudante com inúmeras potencialidades, muitas das quais ainda não conseguimos sequer imaginar, será sempre imperativo seguir uma série de precauções na análise das respostas obtidas com o seu uso. 

1. Temos de procurar saber com que intenção foram criados os modelos de IA que estamos a usar. E para isso até podemos usar a própria IA para conhecer esses detalhes.

2. Temos também de ter sempre em conta dois problemas que fazem parte da criação de qualquer modelo de IA. A inconsistência das respostas e a possibilidade de alucinações que as respostas podem conter com mais ou menos intensidade conforme o tema investigado.

O tema das alucinações em IA é muito importante para uma perceção realista do que estamos a lidar com o uso da IA. Aconselho a lerem este pequeno texto da Google para entenderem do que se trata: https://cloud.google.com/discover/what-are-ai-hallucinations

Conhecendo o problema podemos tomar medidas para o evitar e usar com inteligência a IA e as suas potencialidades que de dia para dia se tornam cada vez mais reais e efetivas. A área da educação é um tema que merece uma profunda discussão e a IA deve ser finalmente o mote para se promoverem as profundas alterações aos métodos de ensino que ainda se continuam a usar atualmente.